quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Apenas mais um pensamento

Todos temos planos, temos listas de coisas que queremos fazer/comprar... Todos temos aquelas "mil coisas para fazer antes de morrer".
Eu tenho as minhas listas, não sei se com mil, mas tem muita coisa.
Não vou fazer tudo, não é por achar que não vou conseguir, porque nenhuma é impossível.
Apenas não quero.
Todos os dias me surgem coisas novas que vou adicionando as listas que tenho, aos meus sonhos, sendo ele simples e comuns até mega exagerados...
Além de todo dia a minha cachola me apresentar algo novo, tenho pra mim que alguma coisa eu sempre vou deixar para trás, pois não quero me tornar alguém totalmente satisfeito.
Quero sempre correr atrás de algo novo e não deixar de sonhar. Como um frase que li em algum lugar "encontre um homem 100% satisfeito e encontrará um fracasso".

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Me deixe sem deixar

     Me deixe com meus computadores e vídeo-games. Me deixe com as minhas comidas não-saudáveis e com as minhas cervejas.
     Não ligue para o quarto sempre bagunçado, para as ferramentas pelos cantos e para a falta de ânimo em ir para a academia.
     Me deixe com as minhas manias mas implique com elas sempre. Me deixe achando que toco bem violão e que sou o melhor homem.
     Diga que gosta das artes em meu corpo mesmo elas não sendo do seu agrado.
     Me deixe ser aquele jovem sonhador. Me deixe ser grudento e amar aos bocados mas, me deixe também viver distante em um mundo só meu.
     Me ligue a qualquer hora apenas para perguntar como estou e para dizer: não vou te deixar.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sem desfecho

     A fumaça do cigarro sobe, a cerveja do copo esquenta, os olhos de seu rosto fixam-se em um ponto e os pensamentos de sua mente voam como nunca. 
     - Alguém aí tem papel e caneta? 
     Ele não sabe se fez certo ou errado, como tudo em sua vida. Mas fez. Ultimamente, a única coisa que faz sabendo que é certo, é arrumar computadores. 
     Dorme e sonha. Acorda e vive. 
     Vasculhando seus arquivos no desktop, encontra uma lista de filmes, dos quais poucos foram vistos como o planejado. Decidindo o que por pra tocar, nota músicas diferentes do seu gosto. De cinco em cinco minutos olha para o seu telefone esperando que ele toque. Ansiedade. Arrependimento por ter feito o que parecia o certo. 
      Ele fingia não acreditar, mas sabia o que ali se passava. Aquilo com o que nunca se preocupou apareceu e se fez presente no cotidiano. Incomodando, alfinetando.
      Resolve fazer algo que não faz parte dos seus princípios. Volta atrás. Decide e age rápido sem pensar no que pode acontecer. Sai na chuva, anoitecendo e vai em busca do que quer.
      O final? Ele ainda não chegou lá. Mas de vez em quando consegue o que quer.

domingo, 12 de dezembro de 2010

O melhor do mundo

     Aquele abraço apertado me fez sentir a vontade de falar tudo o que passei, tudo o que senti. Me fez sentir vontade de chutar o pau da barraca e mandar tudo a merda.
     Vontade de te xingar, de falar que aquele cara é um paspalho e que ele não faz a mínima ideia de como deve te tratar. Vontade de dizer adeus e nunca mais olhar na tua cara.
     Sei que tu pensou a mesma coisa, eu vi nos teus gestos, vi como tu pouco me olhava nos olhos, e quando olhava, vi que os teus brilhavam como nunca. Vi como tu rasgava aquela folha de papel, aquela embalagem de chocolate para disfarçar o nervosismo de estar novamente sozinha falando comigo.
     - Para com esse drama! Chega dessa merda!
     É tudo tão simples, não vejo o porque não.
     O melhor do mundo me fez também, te querer de volta, me fez lembrar dos melhores momentos da minha vida, me fez querer rir por horas devido as nossas piadas ruins. Me fez querer te jogar de novo na cama e lembrar de como éramos bons juntos.
      Aquele abraço, depois de muito tempo, não me fez apenas sentir saudades. Me fez querer pegar de novo na tua mão e sair caminhando por ai sem rumo. Para ver se achamos um rumo.
     Aquele abraço, considerado o melhor do mundo.

domingo, 28 de novembro de 2010

Uma boa companhia

     Cama, sono, televisão... O silêncio reina enquanto incomoda.
     Uma cama de solteiro se torna enorme em um momento desses. Duas pessoas, não se olham, não se falam e apenas trocam alfinetadas.
     É oferecido massagem, carinho e beijos. Todas as propostas recusadas.
     Duas horas ali, o que antes era pouco agora se torna o suficiente para eu querer ir embora. Enquanto ela dormia como um anjo, eu trocava de canal, sempre parava no mesmo filme e olhava uns pedaços, dormia em outros.
     Cerca de cinco horas depois, não mais sábado e sim domingo, o assunto aparece como nunca, mãos percorrem o corpo um do outro e eis que surge o ato sexual, bom como sempre.
     A conversa é retomada, é tida  para mim como uma experiência única. Concordamos em muitos pontos e discordamos em outros. Falamos sobre nossos sentimentos e sobre outras pessoas.
     Pegamos no sono e acordamos como se nada tivesse acontecido, sem cobranças de ambos os lados e sem uma história de amor. Enquanto um for uma boa companhia para o outro, seguimos em frente.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Como uma injeção de endorfina

     No começo um pouco de receio, medo e tensão. Nervosismo de saber como seria o pós. Aos poucos a alegria, o prazer e mais tarde a euforia.
     Como se tivessem me injetado endorfina. Não a criei sozinha dentro de mim, colocaram ela lá e nem perguntaram se eu queria. Não reclamo porque foi bom. Foi ótimo.
     Durou horas e horas e foi apenas uma única dose. Felicidade e nervosismo lado-a-lado, me fazendo quase explodir e agir como nunca antes fiz. Agora paro e penso, e se vicia? Me preocupo.
     Sei que detesto agulhas e seringas. Mas entregaria meu corpo novamente para uma nova dosagem.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Exceção da regra

     O que há de errado em abraçar mais uma vez, visitar mais uma vez, sairmos juntos de novo?
     Ainda gosto de ir te visitar, de ver filmes contigo, ainda gosto do teu cabelo sempre me incomodando, de tu me pedindo massagens e 'beijinhos' daquele jeito cativante que só tu consegue ter (e que sempre me convence). Dos teus olhos verdes, do teu cheiro, dos teus beijos...
     Ainda andamos de mãos dadas pelas ruas. Vamos ao cinema e saímos para comer e beber. Dormimos juntos quando nos da na telha, seja sábado ou terça-feira.
     Já tentamos namorar uma vez, durou pouco. Não houveram brigas nem discussões, não há em quem botar a culpa por não ter dado certo, apenas não deu. Preferimos que fique como está.
     Os abraços estão cada vez melhores e mais fortes. Os elogios e carícias cada vez mais atraentes.
     
     Para muitos soa estranho, para nós, somos só a exceção da regra. Somos apenas ex-namorados.